Saiba dos seus direitos ao subir no avião
5 de janeiro de 2018O Touro Ferdinando já chegou no ItaúPower Shopping
5 de janeiro de 2018Sem medir esforços pela saúde. Em dezembro, a Clínica da Dor da Santa Casa BH (SCBH) realizou um bloqueio na inervação de um paciente, responsável por dor intensa e incessante, causada por um tumor intestinal que invadia o estômago e outros órgãos abdominais. Chamado “bloqueio dos nervos esplâncnicos”, o procedimento, que dura entre 30 minutos e uma hora, é indicado somente em casos específicos de dor oncológica, quando o controle medicamentoso oral não surte efeito – o que torna sua realização ainda mais incomum.
O tratamento intervencionista da dor pode ser feito de várias formas. O tipo e o grau da intervenção variam conforme a patologia e condições clínicas do paciente. No caso do paciente que passou pelo procedimento na SCBH – um homem de 44 anos –, os anestesiologistas dr. Carlos Trindade e dra. Gisela Braga, especialistas em dor, optaram pela realização de uma lesão química permanente (composto químico a base de álcool que fazem os nervos pararem de funcionar e, consequentemente, transmitir a dor) nos nervos esplâncnicos (responsáveis pela sensibilidade do abdome superior).
Durante a realização da técnica, os médicos fizeram um exame de radioscopia, o que possibilitou identificação precisa do local, além de um teste com anestésicos para verificar a eficácia do procedimento antes da intervenção final. “Poucos minutos após o bloqueio, o paciente relatou alívio completo da dor. Ele recebeu alta no dia seguinte, com redução quase total dos medicamentos analgésicos”, revela dr. Carlos.
Prática ajuda paciente e hospital
Criado em setembro de 2017 no Centro de Especialidades Médicas Santa Casa BH, o Ambulatório da Dor Oncológica – onde atuam os anestesiologistas dr. Carlos Trindade e dra. Gisela Braga – recebe pacientes encaminhados principalmente pelo Ambulatório de Oncologia. Segundo dr. Carlos, graças ao trabalho conjunto dos dois setores, esse tipo de intervenção pode ocorrer com mais frequência no hospital, trazendo benefícios não apenas para o paciente como para a população. “Além de diminuir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do paciente, reduz tempo de internação e o uso de medicamentos analgésicos. A realização deste procedimento ‘abriu outras portas’ e o alinhamento entre os ambulatórios facilitou a desburocratização do processo. A prática representa diminuição dos custos para o hospital, menor tempo de internação do paciente, diminuição das despesas com medicações e, consequentemente, maior rotatividade do leito, o que proporciona mais disponibilidade de vagas para a população em geral”, explica.