Suspensão de aulas impulsiona ensino a distância, que já é maioria no Brasil

Foto: Pixabay

 

As incertezas que acompanham a pandemia do novo coronavírus trouxeram alguns questionamentos relacionados à forma de como as instituições de ensino têm ministrado suas aulas. Na grande maioria dos casos, a opção encontrada para suavizar os impactos no sistema é a do recurso de Ensino a Distância (EAD), aplicado através de aulas remotas.

“O Ensino a Distância é uma opção segura sim. Um estudo realizado pela consultoria SRI International, destacou que alunos do sistema EAD apresentavam resultados mais relevantes do que os de estudantes de universidades presenciais. Muitos fatores podem ter contribuído para esse resultado, como o fato do EAD trazer recursos para o aprendizado colaborativo, difundido a prática do ensino unilateral: professor direto com o aluno”, esclarece Cristiane Marques, gerente de EAD do Instituto Pedagógico de Minas Gerais (Ipemig).

O Ministério da Educação, em 18 de março, publicou a Portaria nº 343, que autoriza a substituição de aulas presenciais por aulas a distância. Aos poucos, escolas de ensino fundamental, médio e superior estão se adaptando e modificando o escopo para poderem apresentar o método. Essa mecânica pode ser um atributo ainda maior para o crescimento do EAD no Brasil, uma vez que o modelo já apresenta uma crescente.

Em 2019, o Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep/MEC, apresentou que o EAD superou o número de matrículas do sistema de aulas presenciais, no ensino superior. Os dados revelaram que os cursos a distância cresceram mais de 5% e chegaram a marca de 7,1 milhões de alunos. Enquanto as faculdades presenciais acumularam apenas 6,3 milhões de alunos.

“Esse aumento no número de matrículas não é uma surpresa e acredito que o quadro deva expandir ainda mais. As medidas emergências tomadas por escolas e faculdades, com certeza comporão um certificado para comprovar o quanto o ensino a distância é exemplar. Fora isso, ainda são muitos benefícios financeiros, práticos e de otimização ofertados pelo EAD”, destaca Cristiane.

A opinião Cristiane acompanha uma projeção apresentada em um estudo feito pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Para a ABMES a projeção é que até 2023 haja 2.276.774 matrículas novas de ensino superior na educação a distância.

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