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7 de fevereiro de 2023Quem foi que disse que o carnaval de BH só vive de axé? Ninguém disse, na verdade! E se dissesse estaria mentindo feio. Belo Horizonte é casa para todos os ritmos e um deles, especialmente, é tido com muito carinho do norte ao sul e de leste ao oeste. Estamos falando do forró, gênero que embala o cortejo do Pisa na Fulô.
Forrozeiros e forrozeiras vão tomar conta da Via 710, em frente à Leroy Merlin do bairro Dom Joaquim, a partir de 16h para o desfile mais arretado deste carnaval. Em 2023, o Pisa na Fulô coloca seu bloco na rua em homenagem ao grande Mestre Dominguinhos e o sanfoneiro Max Hebert adverte que o look são flores de corpo e alma.
“Para o Pisa na Fulô venham floridos, por dentro e por fora”, brinca o sanfoneiro. “Esse ano a gente vai homenagear o Mestre Dominguinhos, que há dez anos nos deixou com o legado de uma obra maravilhosa. E teremos uma atração especial surpresa. Vai ser lindo”, continua.
Nesse tom de mistério, Max ainda confessa que a espera é grande. O bloco, além de estar melhor preparado que em edições anteriores, espera cerca de 100 mil pessoas em seu desfile. “A expectativa de público é de 100 mil pessoas. Acho que por ser o primeiro carnaval depois da pandemia, vai ter uma energia muito libertadora. Vai ser uma catarse. Vejo os blocos também estão mais bem preparados e ensaiados, a qualidade musical aumentou muito nas oficinas de formação”, completa.
Para a organizadora do bloco, Marina Faria, a mesma perspectiva de grandeza. “Esperamos o maior desfile do Pisa na Fulô de todos os tempos. Na terça-feira de carnaval, a concentração começa às 16h e o cortejo sai às 18h. Para nossa saudação à Dominguinhos, estão todos convidados. Nos encontramos na Via 710, em frente a Loreoy Merlin”, convida.
O bloco Pisa na Fulô nasceu em 2015 a partir da integração entre alunos de música e a comunidade do bairro Carlos Prates. Atualmente, a bateria de forró do bloco é formada por cerca de 100 integrantes e instrumentos como zabumba, coco, sanfona e triângulo. Essa didática foge do tradicional visto em outros blocos de BH, o que entrega ao grupo uma identidade única.
Como um todo, o objetivo do bloco é democratizar o espaço público, difundir e valorizar a cultura popular nordestina além de proporcionar um ambiente onde negros, pessoas LGBTQ+, mulheres e pessoas portadoras de necessidades especiais se sintam seguros e bem vindos. Tudo isso com o acrescimo especial de levar o forró para os espaços públicos.