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26 de abril de 2018Mesmo há 20 anos à frente do Tianastácia, Podé, o vocalista do grupo, não cai na monotonia artística. O artista acabou de lançar um álbum totalmente irreverente, diferente de tudo já visto e com uma profundidade sonora que acalma e cativa os ouvidos.
O trabalho é o “Poemas para ouvir”, o segundo disco solo de sua carreira. Trata-se de um conjunto de 10 poemas musicados do poeta paulista Zack Magiezi, um dos fenômenos recentes da internet. Já há algum tempo, Podé e Zack estavam trocando figurinhas em segredo e o fruto foi este projeto que já está disponível nas plataformas digitais.
Podé compôs melodias para poemas já existente de Zack e gravou todo esse envolvimento. O trabalho é uma prova que diferentes formas de arte podem se misturar e esse shake artístico é bom. Nosso repórter Ícaro Ambrósio bateu um papo com o músico e você confere agora um pouquinho do que eles conversaram.
Ícaro Ambrósio Pergunta para Podé:
Neste trabalho solo você continua sendo o Podé Nastácia, ou você é mais o Paulo André Coutinho?
O Podé Nastácia é do Tianastácia. Neste trabalho eu sou só o Podé.
“Poemas para ouvir” é um álbum que você grava poemas do paulista Zack Magiezi. Essa parceria nasceu de que forma?
Essa parceria nasceu pela internet. Eu vi os poemas dele pelo Instagram e mandei mensagem no inbox dizendo que fiquei impressionado. Era uma das coisas mais bacanas que havia visto nos últimos tempos! Na mensagem me apresentei e o convidei para fazer alguma coisa. Ele disse ‘duvido que é o Podé’, mas era eu mesmo (risos). Ele estava em Salvador, o trouxe à Belo Horizonte e nos conhecemos. Ele me apresentou ainda mais o seu trabalho e eu gravei 24 músicas. Dessas salvei 10 para o álbum.
O Zack Magiezi é uma inspiração para você?
É claro! As coisas que o Zack escreve são muito legais. Ele fala de coisas profundas de maneiras simples. Foi isso que me encantou nos poemas dele.
Este álbum é que há mais de diferente na sua carreira?
Na verdade esse álbum é completamente atípico. Meu trabalho principal é com o Tianastácia. São 20 anos e 10 discos gravados. Mas com certeza “Poemas para ouvir” é completamente diferente do que eu já fiz.
Gravar um poema tem uma carga emocional diferente?
Musicas um poema tem uma carga emocional sim, com certeza. Aliás foi um processo muito difícil. Pegar um poema e musicar é complicado. Tive uma afinidade com o Zack, mas foi um trabalho de dois anos para criar as músicas.
É mais trabalhoso compor a melodia de uma música tradicional ou para um poema?
Musicar um poema é mais difícil porque a coisa já tá pronta e você precisa adaptar uma música para o que já existe. Zack me deu liberdade para alterar as letras e eu até alterei, mas logo caiu minha ficha e abandonei as músicas que eu havia modificado e passei a usar apenas os poemas que não alterei nada. Foi bem difícil fazer.
Entre as canções, há uma mais especial para você?
Na verdade todas são especiais para mim. Ando percebendo uma aceitação do público para “Caso casa”. Todo mundo que escuta o disco, quando me encontra, já chega cantando a canção. É uma música que marca e, inclusive, tem a participação da minha amiga Roberta Campos.
Será que o público pode aguardar uma turnê de “Poemas para ouvir”?
Com certeza o público pode esperar sim. Já estreamos em BH, no dia 19 de abril, e planejamos agendar São Paulo, Rio, o Sul e Salvador.
Este é o seu segundo álbum solo. Você está focado em seguir sozinho daqui para frente ou ainda há planos com o Tianastácia?
Não estou focado em fazer carreira solo não. Inclusive tenho outros planos com Tianastácil. Estamos regravando o primeiro álbum da banda que não é na minha voz.
Na sua carreira houveram muitas renovações? Este CD é uma delas?
Esse disco é com certeza uma renovação. O Tianastácia querendo ou não tem uma outra leitura artística diferente deste álbum. Eu acho importante o artista ter um trabalho paralelo. Até porquê tenho 20 anos de banda e poder fazer uma coisa diferente é interessante. O artista não tem que fazer uma coisa só e ter possibilidades novas e diferentes enriquece o trabalho.