Como funciona a harmonização facial na odontologia?
8 de novembro de 2022Crea-MG reforça fiscalização em Belo Horizonte
11 de novembro de 2022A arte preta estará mais uma vez em destaque na cidade de Belo Horizonte ao longo do próximo final de semana. Isso porque na sexta-feira (11), sábado (12) e domingo (13), o festival Minas em Rede apresenta uma programação gratuita que contempla palestras, oficinas, exposições, intervenções e apresentações artísticas que valorizam a identidade negra na capital mineira. O evento é uma realização do Samba da Meia Noite com produção da Encruza Produções.
Em sua primeira edição, o encontro acontece no Mercado Popular da Lagoinha e tem como tema “As manifestações Culturais e a sustentabilidade social”. Além de toda a representatividade, o festival também é um momento para comemorar o aniversário de 10 anos do grupo Samba da Meia Noite, idealizadores do projeto. Há uma década, os artistas e produtores do conjunto tomam as ruas de BH para levar cultura preta de maneira democrática a população. Essa entrega acontece a partir de três pilares, chamados carinhosamente de “Tríade da cultura preta de Minas Gerais”. Estes pilares são as culturas popular, de terreiro e urbana.
“O nome do festival demonstra um pouco do nosso objetivo que é criar uma conexão entre artistas e público, compondo uma grande teia cultural na cidade. Então, a gente pretende fomentar e disseminar o interesse pelas expedições diaspóricas populares e de rua, para que tanto artistas quanto o público consigam confluir e experienciar atividades dessa tríade, que a gente sabe que são culturas diferentes, mas que ao mesmo tempo nascem do mesmo lugar, que é a diáspora”, explica Larissa Fernanda produtora do Samba da Meia Noite.
Já para Jeferson Gomes, diretor do Samba da Meia Noite, a expectativa é de unir a cultura de rua, a cultura dos terreiros e a cultura preta em um universo muito além de apenas a arte. “Queremos um encontro coletivo para unir. É de extrema felicidade poder unificar pilares da cultura negra que dialogam com a culinária, com a música, com a poesia e ainda trazem o tema da responsabilidade social. Tema este que renova e recicla a contemporaneidade, as tradições e as culturas de base, trazendo tudo para o diálogo do ‘hoje e do agora’, pensando no futuro e valorizando a identidade da cultura popular. A expectava mesmo é de alegria, de festividade, de comemoração, de conhecimento, de reciclagem, de renovação e, acima de tudo, de união de nossos povos”, argumenta.
Larissa conta que o objetivo final é mostrar como a cultura tradicional, a cultura popular e a cultura urbana sofre alterações e mesmo assim se mantém vivas, além de suas semelhanças e individualidades. Aspectos econômicos, administrativo e, principalmente, sociais da nossa cidade também são lembrados nos diálogos e nos palcos.
“Nós queríamos criar um ambiente seguro para que um artista, ou qualquer pessoa que seja ligada a cultura urbana, se expressasse e se conectasse com o público. Da música a cultura de terreiro e ainda contemplando atividades de cultura popular, iremos criar um ambiente em que todo mundo consiga viver um pouquinho de atividades de uma dessas três culturas”, acrescenta.
Ensinar também é um propósito do Minas em Rede. As palestras, rodas de conversa, oficinas e as atividades oferecem lições, dicas e ensinamentos sobre como melhorar a qualidade de vida da sociedade, geração de renda e empreendedorismo. Aliás, microempreendedores também tem seu espaço. Com o objetivo de observam também a economia criativa e social, o evento irá promover uma feira para bazares e brechós que tenham propostas sustentáveis.
“A gente quer ocupar esse espaço, a gente quer ocupar o Mercado Popular da Lagoinha e compreender a participação do máximo de artistas e grupos envolvidos com a história da cultura de Minas Gerais. Nesse processo, não só como inovadores, mas como possuidores de uma tradição e de jornadas culturais que dão identidade a cidade. Queremos valorizar essa galera que está aí a muito tempo, criando, comovendo e incentivando a arte. Então a gente quer reforçar a importância dessas culturas que trazem o desenvolvimento de Belo Horizonte e também de Minas Gerais, contemplando expressões que mantem esse contexto e mantem a identidade cultural da nossa cidade”, finaliza Larissa.
Ver essa foto no Instagram
Programação:
11 de novembro | sexta-feira
Sala Cultural
18h – Abertura ancestral
18h30 – Coffee Break
19h – Roda de Conversa “As Manifestações Culturais e a Sustentabilidade Social nas Periferias”
20h30 – Samba De Roda – Celebração
12 de novembro | sábado
Sala Cultural
10h – Encruzilhando Saber E Fazenças No Plantar, com Jinsaba Ervaria/
13h – Músicas E Poesias Negras, com Tininho
15h – Oficina De Vogue Femme, com Lázara dos Anjos
Palco Principal
10h – Bhfieira Onde O Seu Sonho Vira Samba, com Bhfieira
13h – Oficina De Hiphop Dance, com Andre Calton
14h30 – Intervenção De Vogue, com Amerikana
15h – Guarda De São Jorge De Nossa Senhora Do Rosário
17h – -Set De Forró, com Dj Fidelis
18h – Show com Seu Vizinho
19h30 – Intervenção AYA, com Ícaro
20h – Show com Samba Da Meia Noite, em comemoração aos 10 anos do grupo
13 de novembro | domingo
Sala Cultural
10h – Abertura (atração sob consulta)
13h – Palestra “Sustentabilidade E Moda Periférica”, com Remexe Favelinha
15h – Oficina de Graffiti, com Kakaw
17h – Roda De Capoeira Angola, com Grupo Candeia de Capoeira Angola
Palco Principal
10h – Oficina De Toques De Candomblé, com Pai Leonardo
13h – Eliminatória BH, com Game Over Breaking Battle
14h30 – Intervenção Todos Dançam, com Natália Cândido
15h – Show com Afoxé Bandarêrê
17h – Intervenção Slam
18h – Show com X Sem Peita
20h – Show com Swing Safado