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10 de junho de 2017Constituindo-se como uma ilha verde em meio a uma região amplamente pavimentada e adensada, a Mata do Planalto, localizada na Região Norte da capital, recebeu uma visita técnica da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana. A atividade contou com a participação de lideranças comunitárias e representantes do poder público e trouxe novamente o debate acerca da incansável luta pela preservação da última grande reserva ambiental de Belo Horizonte.
Pelo visto há uma luta da população contra empresas pela preservação desta área. A moradora e presidente da Associação do Bairro Planalto, Maghali Ferraz, conta que o movimento pela conservação da Mata do Planalto já dura oito anos.
De acordo com o representante do Legislativo no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), vereador Juliano Lopes, em reunião na PBH no mês de março, juntamente com alguns representantes da Associação do Bairro Planalto, o prefeito Alexandre Kalil novamente reafirmou a necessidade de preservação da mata, como fez na época de sua campanha, em 2016. Ainda segundo o parlamentar, “a prefeitura pretende propor uma troca de terreno com o atual proprietário, que também não pode ser prejudicado, já que a área é um terreno particular, medida esta que só deve ser tomada após a aprovação do Plano Diretor”.
A Fundação de Parques Municipais defende a proteção da área e a prefeitura teria proposto a troca do terreno, de propriedade particular, por uma área pública. A área, bioma de Mata Atlântica, possui cerca de 300 mil m², 20 nascentes que formam o Córrego Bacuraus e deságua no Rio das Velhas, flora composta de Ipê Amarelo, Jacarandá da Bahia e outras espécies ameaçadas de extinção; fauna de 68 espécies de aves, como tucanos, beija-flor de fronte violeta e tantas outras ameaçadas de extinção; micos e vários répteis.
Atualmente, as companhias que pretendem empreender no local trabalham para obter o licenciamento para a construção de 16 prédios, com 16 andares, totalizando 760 apartamentos, com 1300 vagas de garagens. Para Maghali, “tal obra irá impactar a região e provocará devastação ambiental, com consequentes mortes de animais, destruição da flora e supressão de 20 nascentes, mudança radical do microclima da região e piora na qualidade de vida dos moradores”.